A força da mulher brasileira nos Jogos Olímpicos em números

De Maria Lenk a Rayssa Leal, mulheres brilharam nas Olimpíadas – e não só quando conquistaram um lugar no pódio. No feminino, medalhas para o Brasil começaram a surgir em 1996, em Atlanta

A sementinha plantada por Maria Lenk, primeira mulher do Brasil a participar dos Jogos Olímpicos, colheu seus frutos mais vistosos na última edição do evento, em 2021, em Tóquio, no Japão, quando o país teve seu melhor desempenho no feminino. Ao todo, foram nove pódios – quatro a mais do que no Rio de Janeiro, em 2016.

O desabrochar foi em Atlanta, em 1996, quando as brasileiras subiram ao pódio pela primeira vez. Entretanto, ali, foi só o começo de uma trajetória que tem rendido conquistas ao país.

Sexteto dourado

 

Após a derrota dolorosa na semifinal olímpica diante da Rússia, em 2004, a seleção feminina engatou dois ouros consecutivos: em 2008 e 2012, em Pequim e Londres, respectivamente. E é desse período que saíram as atletas mais vitoriosas do Brasil nos Jogos: Paula Pequeno, Jaqueline, Thaisa, Fabiana, Sheilla e Fabi. Foram as primeiras bicampeãs olímpicas do país. Nos Jogos de Tóquio, no ano passado, as velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze repetiram o feito do sexteto do vôlei e se tornaram bicampeãs olímpicas.

As mais presentes

 

Expoente do futebol feminino, Formiga carimbou sua participação em sete Jogos – 1996, 2000, 2004, 2008, 2012, 2016 e 2021. A medalhista, que conquistou a prata em duas ocasiões, tem duas Olimpíadas a mais que Juliana Veloso, que jamais subiu ao pódio, mas atuou em cinco edições nos Saltos Ornamentais.

A recordista, porém, ao somar as Olimpíadas de Verão e Inverno, é Jaqueline Mourão, com incríveis oito edições no currículo. Ela começou seu percurso olímpico em Atenas 2004, quando se tornou a primeira brasileira a disputar o mountain bike nos Jogos. Depois participou dos Jogos de Verão em Pequim 2008 e Tóquio 2020, além de atuar no esqui em Turim 2006, Vancouver 2010, Sochi 2014, PyeongChang 2018 e Pequim 2022.

As porta-bandeiras

 

O ato de carregar a bandeira do Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos é uma honraria para poucos. E coube à medalhista de ouro Sandra Pires, do vôlei de praia, ser a primeira a carregar o estandarte, nas Olimpíadas de Sydney, na Austrália, em 2000.

No Rio de Janeiro, em 2016, quem conduziu o pavilhão foi Yane Marques e, em Tóquio, no ano passado, a judoca Ketleyn Quadros, primeira mulher brasileira medalhista olímpica em uma prova individual com o bronze de Pequim 2008.

Nos Jogos de Inverno, Mirella Arnhold (2002), Isabel Clark (2006 e 2010) e Jaqueline Mourão (2014 e 2022) levaram o estandarte na cerimônia.

A pioneira

 

Embora, no feminino, a primeira medalha do Brasil tenha sido conquistada apenas em 1996, a presença de uma mulher nos Jogos remonta ao ano de 1932, em Los Angeles (EUA). Naquela edição, Maria Lenk tatuou seu nome na história do evento ao se tornar a primeira brasileira a competir numa edição de Olimpíadas. A nadadora tinha apenas 17 anos e foi a única mulher na delegação verde-amarela, formada por 65 homens.

A caçula

 

Aos 13 anos de idade, Rayssa Leal se tornou a mais jovem medalhista olímpica do país. A “Fadinha” conquistou milhões de fãs com seu talento e carisma em cima do skate, na modalidade street, em Tóquio, no ano passado.

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